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A recidiva da incontinência urinária: o que fazer quando a perda urinária retorna após uma cirurgia?

  • heitorleandro
  • 1 de jul.
  • 2 min de leitura

A incontinência urinária é a perda involuntária de urina. O principal tratamento da incontinência urinária não é a cirurgia e é baseado em:


1) Controle das doenças de base: hipertensão, diabetes, hipotireoidismo, infecção urinária de repetição;

2) Perda de peso;

3) Mudanças de hábitos de vida: cessar tabagismo e etilismo, reduzir ingesta de xantinas (cafeína, chocolate, chás);

4) Fisioterapia pélvica;

5) Uso de medicações: terapia hormonal vaginal, medicações anti-colinérgicas e/ou B3-miméticas;

6) Laserterapia vaginal.


Quando há a falha do tratamento clínico, a cirurgia para incontinência urinária costuma trazer bons resultados. No entanto, em alguns casos a perda urinária pode voltar meses ou anos depois. Isso se chama recidiva, e embora seja frustrante, não significa que não há mais solução.


A causa da recidiva pode estar relacionada à progressão natural do envelhecimento tecidual, aumento de peso, sugimento da síndrome da bexiga hiperativa (incontinência urinária “de novo”) e ao tipo de cirurgia realizada. A realização dos pontos de Kelly durante a perineoplastia está associada com risco de recidiva da incontinência urinária em até 70% dos casos. A realização do Mini-Sling e do Sling Sintético Transobturatório está associado a um risco de recidiva da incontinência urinária maior que no Sling Sintético Retropúbico.


O primeiro passo é uma reavaliação completa com exame físico, exame de urina e estudo urodinâmico completo. O ultrassom transperineal com avaliação da faixa sintética de Sling pode ajudar-nos a entender a causa da falha do tratamento cirúrgico da incontinência urinária.


O tratamento conservador e não cirúrgico pode ajudar no controle da incontinência urinária nos casos recidivados. A perda de peso, o uso de medicações e a fisioterapia do assoalho pélvico e fortalecimento muscular podem ser curativos na maior parte das pacientes.


Em algumas pacientes incontinentes, um novo procedimento cirúrgico pode ser necessário. Um segundo procedimento cirúrgico está associado a maior risco de retenção urinária pós-operatória e a uma menor taxa de cura da incontinência urinária. O aconselhamento pré-operatório, a apresentação do prognóstico desta nova cirurgia e uma boa relação médico-paciente passam a ser partes importantes deste novo tratamento.


Se a incontinência urinária voltou após uma cirurgia, não desanime. Não ignore os seus sintomas. Você não precisa conviver com este desconforto. Existe tratamento!!!

Procure o seu médico uroginecologista e saiba quais são as possibilidades para recuperar sua qualidade de vida.


Dr. Heitor Rodrigues

CRM/SP 120.966 │ RQE 50.380

 
 
 

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