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A laparoscopia na dor pélvica crônica

  • heitorleandro
  • 1 de jul.
  • 2 min de leitura

A dor pélvica crônica é uma condição médica desafiadora caracterizada por dor persistente, acíclica, percebida na região abaixo da cicatriz umbilical, com duração maior de 6 meses. Entre 20 a 26% das mulheres apresentam o diagnóstico de dor pélvica crônica.


Apesar do ginecologista ser o profissional mais procurado na presença desta patologia, mais de 80% das dores pélvicas são de causa não ginecológica. É uma patologia tão importante que 40% das cirurgias de videolaparoscopias e até 15% das cirurgias de histerectomia são indicadas em pacientes no contexto da dor pélvica crônica. Muitas dessas mulheres submetidas a cirurgia sentem-se frustradas ao apresentar pequena ou nenhuma de suas dores.


A dor pélvica crônica pode ter origem em patologias não restritas a pelve, como fibromialgia, migrânea, disturbios de sono, depressão, ansiedade, sindrome pós-traumática, síndrome do intestino irritável.


Todos os orgãos pélvicos podem ser causas de dor: útero, trompas, ovários, bexiga, ureter, colon, intestido delgado, músculo e ligamentos, parte óssea. Devido a complexidade da região pélvica com seus inúmeros orgãos e estruturas, o diagnóstico e tratamento podem ser extremamente difíceis.


O exame físico detalhado e pormenorizado pode a abordagem inicial mais importante. Os exames de imagem como ultrassom, ressonância e colonoscopia podem ser importantes em casos selecionados.


O tratamento multidisciplinar envolvendo o ginecologista, psiquiatra, gastroenterologista, coloproctologista, fisioterapeuta, psicólogo é importante para o sucesso e melhora da paciente. A falta de reconhecimento da complexidade da dor pélvica crônica, a monoterapia e a falta de interesse do médico assistente relegam ao tratamento o insucesso, com persistência da dor e com prejuizo a qualidade de vida da paciente.


A causa ginecológica não é a principal causa de dor pélvica. Dentre as causas ginecológicas para dor pélvica, a endometriose, as aderências pelviperitoneais e infecções pélvicas não são as principais. A abordagem cirúrgica, mesmo que por laparoscopia, não deve ser a conduta inicial e está fadada ao insucesso se a complexidade da patologia “dor pélvica crônica” não for reconhecida.


Tem dúvidas sobre a causa da sua dor? Tem sintomas persistentes que alteram a sua qualidade de vida? Já passou por inúmeros tratamentos, sem melhora? Já foi oferecida aquela milagrosa cirurgia para a sua dor? Agende sua consulta e vamos conversar sobre as melhores opções para o seu caso.


Dr. Heitor Rodrigues

CRM/SP 120.966 │ RQE 50.380

 
 
 

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