Malhas e telas no tratamento do prolapso: seguras ou não?
- heitorleandro
- 20 de out.
- 2 min de leitura

O prolapso genital acontece quando estruturas como bexiga, útero, vagina, intestino ou reto descem em direção à vagina, causando sensação de “peso”, abaulamento ou desconforto. Em alguns casos, o tratamento cirúrgico é indicado, e é aí que surgem muitas dúvidas sobre o uso de telas.
Esses materiais foram desenvolvidos para reforçar os tecidos e dar maior sustentação, especialmente em cirurgias de correção de prolapsos mais avançados ou recidivantes. Pode ter uma ótima aplicação em pacientes com alto risco cirúrgico e que precisam de uma cirurgia mais simples e rápida. No entanto, seu uso exige indicação precisa e técnica adequada.
Nos últimos anos, houve bastante debate sobre a segurança das telas, principalmente após complicações registradas quando utilizadas de forma indiscriminada ou por profissionais sem treinamento específico. A erosão e extrusão da tela, infecção, dor pélvica, dor na relação são as complicações que levam a insatisfação com relação ao tratamento cirúrgico e a necessidade de novas cirurgias.
Devido a essas complicações, o tratamento do prolapso genital com uso de tela já foi proibido em diversos países como Austrália, Nova Zelândia, Áustria, Reino Unido, Canadá e Dinamarca.
Hoje, as recomendações são claras: a escolha entre técnicas com ou sem tela deve ser individualizada, considerando o tipo de prolapso, o histórico da paciente, a presença de recidiva do prolapso genital, os riscos e benefícios de cada abordagem, além da experiência da equipe cirúrgica.
É bom lembrar que as telas para tratamento de prolapsos genitais são totalmente diferentes das faixas sintéticas de Sling para tratamento da incontinência urinária. Os Slings sintéticos ainda são considerados o melhor tratamento cirúrgico existente a incontinência urinária aos esforços.
Quando bem indicadas e realizadas por especialistas, as telas podem ser seguras e oferecer bons resultados. O mais importante é conversar abertamente com seu médico para entender qual é a melhor opção para o seu caso.
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Dr. Heitor Rodrigues
CRM/SP 120.966 │ RQE 50.380










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